A ESCOLA DA VIDA
Celeste Aída de Assis Foureaux
Sonhei tanto . . . tanto em minha vida . . .
Futilidades mil, eu tive em minha mente.
Tentei subir, ser forte, aparecer . . . caí!
E notei que descia vertiginosamente!
Mas não era degradante essa descida
E tinha lá sua beleza e recompensa.
Era a vida a me empurrar e fazer ver
Que o alto, muitas vezes, não compensa
E a me ensinar que de nada adianta
Tentar correr para viver como um nababo,
Se vem o destino a lhe empurrar seu fardo,
Carga penosa, típica de um pobre diabo!
E depois de pensar, sofrer, até envelhecer!
Eu, que sempre trabalhei como uma moura,
Resolvi que ao partir, será sem rumo nem pertences,
Viagem sem volta, resolvida e duradoura.
Posso vender meu pobre reino a preço de banana
E dar tudo a quem começa agora o sonho,
Seguir correta e penitente e minha estrada,
A mostrar a minha humilde condição humana.
E enquanto humana for, seguirei perenemente
Andando calma, passo a passo . . . mansa . . .
Até poder ouvir a voz de Deus:
“ Bem vinda! Senta-te à sombra do meu manto . . .
descansa”!
Celeste
05 de março de 2001
Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.