MARIA

Celeste Aída de Assis Foureaux

Memória cansada
Olhar vago, longe...
Querendo lembrar
Assim é Maria
Nos tempos de hoje
Querendo pensar.
Menina de antanho,
Mocinha feliz,
Falante, falante...
Contando casinhos,
Fazendo barulho
E quando calava
O silêncio chorava
Chorava e cobrava
Um novo lembrar
E a vida passava
Amigos se iam
E amigos chegavam
E ela a falar...
E a vida correu,
O tempo passou
E ela esqueceu
De avisar que parou
E a gente a cobrar
Ninguém a aceitar
Seu silêncio forçado
Que o tempo malvado
Impôs em seu ser.
Mas isso não importa...
Um dia uma porta
Se abre e ela encontra
Do lado de lá
Quem estava a esperar
Seus casos alegres
Antigos... de cá.


Celeste
junho/97

Ilustração - reprodução de tela de Salvatore Dali
Fonte: Internet

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.