SOMBRAS DA TARDE

Celeste Aída de Assis Foureaux

São belas, calmas, etéreas
As sombras das minhas tardes
Das tardes que já se foram
Perdidas na minha infância,
Há tantos e tantos anos,
Se foram, pra não voltar,
Mas ficaram para sempre
Gravadas no coração.
Pálidas, pardas, frescas, felizes,
De luz diáfana e fugaz
Tardes de efêmeros sonhos,
Sonhos de menina, de moça...
E que se alongam nas lembranças
Do outono calmo da vida
De alguém que já viveu
Primavera e verão turbulentos
E quando chegar o inverno,
Vai se sentar numa sombra
De uma tarde sem fim...
De árvores frondosas e amarelas
Para observar... Quem vem lá?
Para ver se tem companhia
Que aceite ouvir seus casos
Casos de amor e saudade
De beleza e mocidade
Que chegarão com as lembranças
Das lindas tardes de sonho
Que restaram de uma vida
Intensamente vivida.


Celeste
novembro/94

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.