VIDA MINHA

Celeste Aída de Assis Foureaux

Vida minha
Que não dá pra ser contada
Por não ter nada demais
Além de amores sonhados
Grandes verdades cravadas
E não arrancadas jamais...
Verdades cruéis como perdas,
Tristes lacunas doídas,
Sonhos perdidos de paz...
Lindos sonhos de saudade,
Saudades da mocidade
- que há tanto tempo se foi -
Vão com o navio sem volta,
“Aquele”... que eu não peguei!
Aquele que vai sempre em frente
E foi construído sem leme
Pra não voltar nunca mais
E mesmo que dê volta ao mundo
Nunca chega a porto algum...
Pois seu destino é traçado,
Sua carga tão pesada,
Que ele demora demais
E assim vai anos a fio,
Navegando, de mansinho,
Até quando Deus quiser...
E eu continuo esperando
E pensamentos formulando:
Se ele foi feito por Deus,
Tudo pode acontecer!
Quem sabe, um dia ele volta?
E me devolve meus sonhos,
Sonhos de amor e verdade...
Ou me carrega com ele
Pra sonhar na eternidade...


Celeste
março/94

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.