O RIO

Nívea Gonçalves Niza

Meu Deus!
Cadê meu rio antigo,
tão amigo!
Amigo de meus avós, meus pais,
meu amigo também!
Vejo-o sufocado, cortado,
sufocado de sujeira...
E pergunto:
"Quem é mais sujo: o rio, quem?
Quem é sem alma,
sem coração
que joga lixo em montão
no seu leito?
Cadê o direito de "ir e vir"
de cantar, sorrir,
direito que sua água tem?
Quando você, rio, vivia no envio
sem governo senão da mãe natureza,
a vida era beleza!
Agora... Nossa Senhora!...
Sua vida, nossa vida ameaçada,
grita pela consciência
da administração...
Grita, mãe natureza,
na voz do povo, grita,
grita de novo...
Tem fé na conversão:
do poder em amor,
amor que transforma
doença em saúde,
em alegria, vida inteira.

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.