O PAI DE CADA UM

Nívea Gonçalves Niza

Sou Paulo César,
rebelde sim!
Não escolhi meu pai,
nem mãe pra mim!
Lá em casa, somos três:
O pai de Vanderson já foi embora,
mas manda tudo pra ele, toda hora.
O meu pai nem me vê, ô malvadez!
Com o pai de Tiago, mamãe dorme,
é por isto que ele ganha uniforme.
Eu jogo pedra em todo mundo
e não rezo por meu pai vagabundo.
Tenho raiva sim, dele e dela...
Por isto... pulo janela...
Vou direto pra Água Quente...
Preciso ver alguém diferente;
fujo de casa, vou pra rua.
Minha mãe que nem a lua...
“como lenço” do céu me abanando
vai pedindo pra eu ir mudando...
Será que também mamãe vai mudar,
parando de pai arranjar?
Tantos pais...
Quantos ais?...
Que quero mais?
Sou Paulo César, rebelde sim!
Não escolhi nem pai, nem mãe pra mim!
Pai do Céu, eu te escolho!
Vem abrir meu olho!
Muda meu jeito pra menino direito!

Envie este Poema

De: Nome: E-mail:
Para: Nome: E-mail:
Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.