Barravento

Euna Britto de Oliveira

Que Deus me dê força
Para assistir às diferenças!
Se há um poder dentro de mim,
Não existe solidão,
Nem ofensa,
Nem desânimo...
Apenas desencontro,
Tolerância,
Compreensão,
Um lugar vago para o futuro ocupar,
Um olhar para os perdoados
Que não sabem o que fazem...

Preciso de bons fluidos,
Mas tomar droga para ficar positivo
É negativo,
E assim eu não quero.

Jogam-me forças de atrapalhar,
Mas existem as de salvar!!!
Eu não sou zero.
Sou una!
E ainda as posso puxar!...

Ficar sozinha
Não me assusta mais.
Há assistência.
Nossos conteúdos mudam a existência.
Há sintonias, há simpatias...
Há companhias invisíveis,
Que jamais foram mudas!...

São bilhetes para Deus meus desabafos...
Ele, que entende fumaças primitivas,
Fogo de velas,
Mãos postas,
Poesia, em todos os idiomas,
Em todas as línguas
E em todas as etnias,
Não tolera indiferença!

Escrevo e-mails a Deus, pra variar,
Porque a linguagem definitiva
É a telepática,
Que já balbucio no ar...
A única que vou continuar a empregar!...

Hoje, sou de carne.
Amanhã, serei de
Vento, de
Memória e de
Vitória!
Assim será.

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Barravento ...
Achei bonita esta palavra!
Palavra que li, há muito tempo,
como nome de uma Pousada, ou Barraca,
não me lembro bem,
em Ilhéus – Bahia, durante uma viagem de férias.
Barravento...
As barras que o vento me lembra...
As barras em que o vento esbarra!
As barras de que o sopro da vida nos desgarra!
Palavra minha conterrânea, minha contemporânea.

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.