O trem

Euna Britto de Oliveira

Olha o trem da madrugada,
que acorda meus sonhos com um apito e um corte
e dá no meu peito um aperto forte!

Passa depressa, trenzinho, e pára na fotografia
que poderia até virar quadro,
mas não foi tirada.

Não tens mais existência,
arrancaram teus trilhos e dormentes,
teus chefes e maquinistas sumiram...

Não transportas mais nada!...
Agora, sou eu, tua passageira,
que te transporto,
encantado...


Trem - Aquarela de Carlos Henrique Figueiredo.

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.