Interpretando uma cor...

Euna Britto de Oliveira

Não sei se é coisa minha
ou se é coisa emprestada,
só sei que agarrei um medo.
Estou do tamanho do mar...
Vem uma embarcação e quer me derramar!...
Só que minha água é vermelha,
igual à tinta do vidro
que se espatifou no degrau.
Igual ao colorau
que escapuliu da minha mão,
metade ficou na carne,
metade espalhou-se no chão...

Recolho-me.
O recolhimento é minha primeira invenção.

Envie este Poema

De: Nome: E-mail:
Para: Nome: E-mail:
Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.