Marginalidade
Euna Britto de Oliveira
Dissociada, a sociedade treme.
Alienada, a sociedade geme.
Articulada, a necessidade trama.
Desassombrada, ela ataca e toma.
No dedo de Madame
está o pão de meus filhos, o remédio ou o hospital.
Na sala da família há tudo de que eu precisava pra morar,
Deus é o Juiz.
Hoje, eu sou o marginal,
querem-me morto e calado,
querem-me preso e parado.
Não, eu não sou louco.
É que de tudo que há de bom,
não recebi, ou recebi muito pouco!
Nem carinho,
nem escola,
nem caminho.
E tive acesso à droga!...
"Abrir Escolas é fechar Cadeias."
"Adote seu Filho, antes que um marginal o adote!"
Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.