O Pão de cada dia!...

Euna Britto de Oliveira

É pão amassado com lágrima mas é pão
E mata a fome do mesmo jeito
Como se fosse preparado por outra mão
O que consome é a fome
O pão não.
O pão mesmo quando não é nosso
É necessidade de cada dia
Amasso-o e asso-o
Não sou de aço
Sou de carne e fome
E preciso me alimentar
Incompreensível distribuição
Com tudo ou sem nada
Debaixo de um sol que nasce para todos
Não é para todos que há pão suficiente
Falo do pão que são vários

Se eu não chorar
Como vou sair da carência desse pão sem paciência
Como vou sair da impaciência
Desse pão que é essencial à vida
O sal do pão desse chão
Já é meu velho conhecido
É sal de lágrima

Euna Britto de Oliveira
19 de julho de 2014

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.