Adubo
Euna Britto de Oliveira

Cadê a poesia?
Foi passear de barco,
foi pedalar bicicleta,
foi fazer caminhada na praia,
foi ver o sol nascer no mar...
O mar espuma, mas não é de raiva,
é pra frear!
Escuna é mais segura do que barco,
pra navegar...
Lancha é mais segura do que escuna, em alto mar!...
Varre, vento amigo,
o pensamento inimigo que me sufoca e arrepia!...
Uma palavra se enfeitou de guizos para me agradar...
Colocou-se em minha fronte
para marcar um lugar!
Nem precisava tanto esmero, palavra!
Eu gosto de simplicidade!
Hoje, plantei mudas de rosas
nas cores branca, lilás, coral e rosa forte.
E um pé de romã.
Tião, acocorado, adubava e me ajudava
a firmar as mudas no solo arenoso e fértil.
Laurinha e Amanda em volta de mim,
duas “maritaquinhas” de olhos azuis,
semeando terra vegetal a quatro mãos...
Darei doce de carambola de presente a uma pessoa doce.
O destino, é porque não sou eu quem traça.
Ah, se fosse!...
Pensando bem, por uns tempos, poderia até ser bom!...
Mas ao final, sem força, seria desgraça ou das traças...
Assim mesmo é que está certo – Nas Mãos de Deus!
Onipotente, Onipresente, Onisciente,
Previdente, Presidente, Presente!...
Nova Viçosa, VERÃO de 2000.
Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.