Sombra do cajueiro

Euna Britto de Oliveira

A sombra do cajueiro é rendada, rala,
rarefeita,
tem manchinhas de sol...
É como ler poesia...
Não um texto denso.
Pode até ser um texto tenso,
mas com espaços em branco,
onde a luz dos olhos possa descansar...

Um cajueiro faz sala
para a grandeza de um momento de paz...
Seu fruto perfurado serviu de almoço
ao pássaro sem nome
sob os cuidados da Providência...

Os mais brilhantes e vermelhos, inteiros,
Laurinha tira retrato com uma quantidade,
numa cesta,
com a qualidade deles!...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.