Elos

Euna Britto de Oliveira

17/02/2016

De roupa nova, bem barbeado
O Príncipe adentrou o palácio
De outra família real
Trazia traços de Salomão
Em busca de Sulamita

Movimentada, sobressaltada
A poesia franzia a testa
E escrevia versos de pé quebrado
Tão bonitinha junto da outra, feinha
A flor feia também disputava com a flor bonita
O olhar dos amalequitas
Amanitas selvagens cresciam venenosos
Mas não matavam o amor!...
Os relógios dos castelos ainda martelam os séculos!...
Entre mazelas e macelas
A realidade e o sonho
Em todos os tempos, os elos
E os cogumelos
Em todos os lugares
O som repetitivo dos martelos
As catedrais e os palácios
O respeito ao feio
A reverência ao belo!

BH, 17/02/2016

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.