Livremente...

Euna Britto de Oliveira

Longe do descaso humano feito de carne e pano,
Minha vida emendada com Deus descansa solenemente em qualquer lugar,
Desde que haja céu e mar...
Os filhos da Pátria são pobres e ricos,
Jovens e idosos, brancos e pardos,
À vezes, pálidos demais, por causa da falta de claridade no campo e na cidades...
Para que rimar palavras soltas ao sabor do momento?...
O que não é vento, é mormaço, marasmo,
Miséria, com ou sem misericórdia,
Dinheiro miúdo e grande,
Engano e desengano,
Fingimento folheado a ouro,
Brilhante demais para cegar mais fácil,
Cegueira pra quem enxerga a matéria e não quer saber do espírito.
Neste curral de sentimentos,
De mãos e pés amarrados,
Rompo o cerco e escapo, como que por encanto,
Por livramento,
E vou lavar as rodas, os vidros e a lataria do carro bonito e novo,
Bem empregado,
Que uso para fugir da solidão...
Quem encontro, pode não ser quem eu quero,
Quem eu gostaria de encontrar,
Mas é sempre um irmão!
Tem essa marca na mão.

Envie este Poema

De: Nome: E-mail:
Para: Nome: E-mail:
Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.