Conchas

Euna Britto de Oliveira

Com duas grandes conchas, improvisei um estojo.
Foi como unir as pontas dos dedos,
aproximando os pulsos e as palmas curvas das mãos.

Dentro dele, guardo um desejo.
De vez em quando,
abro um pouco o estojo
e espio...
O meu desejo está lá, em seu berço nacarado...
Junto com ele, um futuro arrepio,
um rosto, um resto de furacão
onde eu mesma principio...
Que coisa santa é a intuição!...
Uma quase vice-revelação!

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.