Rio de menino

Euna Britto de Oliveira

Encostado, rente à casa, um rio.
Nem é um rio, é um riacho.
Nem é um riacho, é um rego,
Estreito caminho de água vinda da nascente,
Que corre beirando a casa do caseiro de um certo sítio,
Numa refrescante amostra-grátis de paraíso...
Água corrente, limpa e fresca,
Água veloz, sem nada nadando nela,
A não ser a impossibilidade de peixes,
Pois peixes não nascem na pedra da serra, onde o rio nasce...
Deliciosa imagem em alheia e respeitável paisagem!
Até quedinha d´água, mais adiante, ele tem!
Em certo ponto, até ponte, e espertas bromélias em volta,
Num bem sucedido paisagismo.
Ao ver o riozinho, foi no que primeiro pensei:
Se tivesse um desses,
Sentar-me-ia à sua margem
E deixaria que meus pés brincassem como quisessem...
Dar-lhes-ia trato de pedicure
Após privilegiada imersão!
Se tivesse um desses,
Plantaria tantas plantas que demandam água por perto!...
Açucenas, por exempo!

Depois, pensei no menino que acaba de nascer naquela casa.
Fará parte de sua vida, aquele mini-rio...
Água atrai criança!
O menino vai brincar tanto nele!...
O mini-rio tem uns dois palmos e meio de largura
E um palmo e meio de profundidade.
Até em um palmo d´água se afoga!
Os pais cuidadosos não deixarão o menino se afogar.

Riozinho de menino que não há em todo lugar,
Um riozinho para um reizinho,
Um riozinho só para Ian!

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.