Válvula

Euna Britto de Oliveira

Chega uma hora em que oração só não dá.
Aí é que entra a poesia,
Essa que é o repouso dos que viram demais
As mesmas coisas que todo mundo vê,
Só que com outros olhos...

As saídas humanas são tão trancafiadas
Dentro dos milênios e dos territórios...
Prefiro a sabedoria divina, que rasga o véu do tempo
Para um infinito perfeito,
Onde não existem mais países,
Mas o Universo e suas galáxias,
Com o Sistema Solar e seus planetas,
Inclusive o nosso:

Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, Plutão...
(Minha Velha, Traga Meu Jantar: Sopa, Uva, Nozes, Pão...)

Um pé de umburana no solo,
A Sagarana no colo,
Ausência de protocolo...
Porteira nova de fazenda,
Parteira velha aparando crianças,
Homens antigos amparando mulheres...
Por detrás das grades,
Pais de família presentes, passados e futuros,
Culpados e inocentes...
Recém-nascidos sem dor de dente,
Mas com fome urgente!

Ah, Terra velha e nova!
Que dia é o dia dos peixes?
E a desova?...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.