A hora de ensinar

Euna Britto de Oliveira

Não sei o que dizer de mim,
Só sei que sou assim:
Molhada com a lágrima que insiste em não se mostrar,
Fachada de casa fechada,
Janela do sótão entreaberta...
Coração que dói
Porque remói a cena do pecado original – Culpa.
Sem desculpa,
A perigosa aventura que segura pela mão
A anciã e a criança
E as conduz à beira do abismo.
Sensação de vertigem,
E a queda acontece, ou não.
Muitos são levados à beira do precipício,
Mas nem todos caem...
Existem livramentos.
Se a queda acontece,
Há um depois, com resgate.
Então, é a hora de ensinar...
Do fundo do poço,
Ninguém se ergue sem aprender e ensinar.
O que aprendi foi que a alma pode ser revolvida,
Resolvida...
Mas a vida não pode ser devolvida.
Onde a alma for, a vida tem de ir.
Onde a vida for,
A alma tende a ir...
E aí?...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.