Cada ninho com três ovinhos...

Euna Britto de Oliveira

O homem soltou na mata o filhote de cascavel
Que encontrou na grama do pátio da casa.
E ele sabia que o veneno do filhote
É o mesmo que o de uma cascavel adulta!
Disse que soltou
Porque a cobrinha também queria viver!
Está certo!
Contanto que ninguém passe por perto!

Será que vou morrer de uma vez
Ou devagar?...
Nem intuição eu tenho
Sobre essa hora,
Quando ela chegar.
Não iria me fazer bem saber.
Melhor desconhecer.

Toda vez, é um novo ninho de passarinho que Angelina me mostra
Entre as folhagens próximas a casa,
Cada vez, com três ovinhos!...
Também por causa dos ninhos de passarinhos,
Diminui minha vontade de me desfazer do lugar...

Quando chove,
O verde chega com vontade,
Com sua tinta decidida!
Terra vermelha, escorregadia e boa!
O campo parece um jardim de capim!

Os sonhos têm seus automóveis,
Que somos nós...

Não sou mulher de forno e fogão,
Nem boa de números eu sou.
Reciclo-me,
Atenta aos números
E às inúmeras possibilidades de se viver com facilidade
E, se possível, com felicidade.
Palavras soltas organizam-se em versos.
Números não formam versos.
Números formam céu ou inferno.

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.