Penso um poema...

Euna Britto de Oliveira

A cidade estende suas ruas, como tapetes,
Para quem quiser passar, ou passear...
De paralelepípedo ou asfalto,
Longos tapetes cor de cinza
Ladeados por calçadas.
Os carros passam
E a cidade não os alcança,
Sua velocidade é incompatível com o ritmo da cidade...
Colada à terra,
Há um pedacinho meu que voa...
Visita mares e desertos,
Quem está longe e quem está perto.
A fome sedentária mora em mim e não me deixa,
A fome de alimentos imperecíveis.
A primeira vez que vi o mar,
Nem pude entrar...
Tenho fome de seu sal.
Tenho lágrimas
Mas não quero chorar.
Molho-me com sorrisos,
Por ter visto quem eu queria!
Gasto-me no gosto de agradar
E inauguro uma vocação para a cozinha...
Há mais poesia do que poeira sobre a face da terra.
Há poesias empoeiradas...
Espano o pó que as oculta.
De repente,
Vejo como a terra brilha!
Na festa das palavras,
Os representantes de Minas...
Penso um poema para mimar minhas meninas...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.