Ametista

Euna Britto de Oliveira

Por fora, pedra fosca e feia;
Por dentro, o mimo, o mimetismo
Da maravilhosa ametista,
Que imita as pessoas boas de aparência tosca!...

De cor roxa
Em suas gradações possíveis,
Trancafia-se no côncavo primoroso
Do convexo grosseiro
Que explode em mini-pontas de lançar beleza
Quando a pedra é partida!...
Cura-se a paixão doentia...
Fecha-se em roxo
A vida que vira pedra outra vez!
Tranca-se a beleza dos sentimentos
Como a ametista tranca suas cores...
Recompõe-se a alma,
Iguala-se aos minerais,
Hiberna...
Reestrutura-se!
Depois de um tempo,
Faz-se nova ficha de inscrição
E nela se escreve novo nome.
Depois da grande tormenta,
Ninguém é mais o mesmo!
Aparece a diferença!
Consegue-se a façanha de esquecer certos momentos!...
Deus é Pai!
Renascimento!...

Amo a ametista.
Posiciono-me.
Começo a zero hora
A contar um novo tempo.
Tomo posse da bênção!
Mais um carro sai do barro...
Resgatada,
Desfilo pelas estradas...
"Deo Gratias!..."

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.