A fome de plantão!

Euna Britto de Oliveira

Durante o dia, as cigarras cantam
E nos vencem pelo cansaço.
Mesmo quem não quer seu canto,
Tem de ouvi-lo!
À noite, as cigarras não cantam.
Ficam silenciosas,
Quietinhas em seu canto.

A noite longa, pernilonga, alonga-se...
Quanto sangue para nutrir mosquitos,
Até ver a treva sumir!...

Há coisas que demoram mesmo!
Os séculos, por exemplo.
Há coisas que passam rápido!
Os segundos...
A saciedade,
Quando muito,
Dura apenas um dia.
Logo volta a fome!
Cada dia
Cada um
Com cada pão...
A fome é de todos
E suas formas são várias!...
A sociedade,
Quando muito,
É civilizada e fabrica o pão.
Se conscientizada, evangelizada,
Reparte-o!...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.