Era de Paz...

Euna Britto de Oliveira

Cessaram os ventos.
Algumas árvores ainda jazem
Quebradas,
Com fraturas expostas
E sem emendas
Na floresta.
A dura tempestade de granizo
É aviso do amanhecer do sol
Para todas as enxovias.
Pelos sistemas viários
Já não transitam tanques
Nem carros blindados.
Passou a guerra.
As pessoas ainda reagem com reflexos de medo
E modos de agressão.
Pura defesa
De que não precisam mais...
Descondicionam-se.
No céu, descubro muitos cruzeiros do sul,
Mas só um deles é a constelação
Formada de 54 estrelas
Que a maioria das pessoas
Vai morrer sem ver
E nem ao menos saber...
Os homens cansados estarão em forma!
As crianças brincarão nos terreiros e nos terraços...
Em busca de sustento, os jovens sairão às ruas
Por onde desfilou a meretriz esquecida
Com cânticos noturnos,
Desejosa de ser lembrada...
As jovens gostarão de suas casas,
Novas estufas onde existe amor
E se estufam os ventres
Para a geração de amanhã.
Da guerra,
Não se tem saudade.
O clima inspira saúde – É a paz.

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.