Imagens

Euna Britto de Oliveira

Sempre fui superlotada de imagens.
Como quem sobe por uma corda,
Vou subindo até minhas origens.
Cá embaixo está frio e incômodo.
O cômodo é grande
Os corações das crianças são grandes
E os de uns adultos, pequenos...
Que Deus me perdoe
Se O estou ofendendo,
Mas morrer com dor nas costas
Deve ser muito ingrato.
De qualquer jeito,
Morrer deve ser muito chato!
Desestruturar é fácil.
Num minuto, implodiram vários prédios
Para o metrô passar.
É tão matemático, geométrico e ciático
O ofício de quem edifica!
Quem pode matar imagens?
Vívidas, elas renascem
De todas as lavagens ou raspagens,
Ora perturbadoras,
Ora pacificadoras...
Fiz as pazes com as imagens.
Elas servem para tantas coisas!
Com que, então,
Far-se-iam os livros?...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.