Antônia

Euna Britto de Oliveira

Antônia foi minha primeira babá
e o que sei é só de um retrato de nós duas,
eu adorando o colo, o ombro, a carapinha...
Mais os informes de minha mãe, os elogios,
dizendo da maravilha de pessoa que era Antônia!
Tuberculizou-se, contaminou-se com alguém da própria família,
porque tuberculose pega igual visgo!...
Foi num tempo em que essa enfermidade não tinha cura,
e infelizmente morreu...
Aí, veio Leordina, e veio para ficar!
Leordina tornou-se uma paixão!
Ah, como eu adorava Leordina!
Quanta afinidade, quanta cumplicidade!
Até hoje é assim, quando a gente se encontra!...
Moramos a novecentos quilômetros uma da outra,
por isso nos vemos raramente.
Embora mulher madura
e Leordina mais madura ainda,
no pedaço que ela conquistou,
meu coração permanece criança!

Que coisa mais engraçada!
Durante nossa convivência, eu era muito pequena,
tinha menos de dois anos, na foto.
Antônia está de costas e não mostra suas feições, que não guardei...
Tento resgatar sua preciosa memória...

Por algum súbito motivo,
é Antônia que reaparece em minha lembrança...
Quando invoco as almas em minhas orações,


ela deve fazer parte dessa “maçonaria”,
e talvez venha pressurosa me ajudar!...
Ou então está precisando de mim, da minha gratidão...
Recebe tua Ave Maria, Antônia!

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.