Acordada

Euna Britto de Oliveira

Com casa caindo, sonhei...
Molhados de água de chuva,
Tinham limo verde
Nossa casa, nosso quarto
Desmoronados...
Mas só no sonho.
Acordei, tudo normal!
Correr de sonho ruim,
É impossível.
Só se ficar acordado!
Correr de realidade ruim,
Só se ficar dormindo...

Como abotoaduras de camisa,
Douradas,
Rola no sonho um par de moedas afortunadas...
Numismática, minha coleção onírica.

Para escrever carta,
Prefiro papel sem pauta.
Para escrever poesia,
Nas pautas é mais fácil
Deitar os versos...
Versos deitados,
Deixados pelos meus anos
De abstração e poesia...

Preço de prata tem o prato de comida na Europa.
Será que foi a guerra
Que fez a comida ficar acostumada
Com preço alto, por lá?

Prosa e verso
Verso e prosa
De um jeito ou de outro,
Queria falar de rosa...
Botões de rosa desabrocham
Para perfumar meio mundo...
Desabotoadas as blusas,
Percebe-se o cansaço ou o sucesso de
Certos corações.
Os atletas puxam pra o vermelho
E têm o peito arfante
Depois de um exercício puxado.
Os infelizes, esmorecidos,
Têm coração com ritmo amarelado...
Se eu disser minha idade,
Não acreditam em minha liberdade,
Em minha liberdade de ir e vir,
Em minha liberdade de pensamento.
À semelhança de uma atleta,
Treino felicidade todos os dias!...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.