Rosa amarela

Euna Britto de Oliveira

Uma delicada gota
Acompanhada de muitas
Tamborilou com cuidado a cantiga
Que as chuvas gostam de derramar
Nos telhados dos mosteiros...
Dentro de casa, estávamos nós duas:
Eu e a solidão.
Muito melhor que a confusão!...

Como um padre no confessionário,
Da janela, eu escutava o som da chuva
Nas folhas fendidas das bananeiras...
Os coqueiros onde o pássaro-preto gosta de fazer ninho
Lotavam o terreno!...
Não havia mais nada de novo na terra,
A não ser o indiscutível, indescritível apelo
Ao recomeço para acabar
O inacabado...

Ah, de desgosto eu não morro!
Não morro, pois sei de socorro.
Rabisco no ar um SOS
E Deus entende que é uma prece...

Uma medrosa rosa desabrocha
Sob os cuidados da jardineira de Lisieux...
Só ver pra crer!
Ou crer pra ver!...

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.