Afilhado de Nossa Senhora

Euna Britto de Oliveira

10/07/2001

Quando nasceu, de seis meses,
pesava apenas 750 gramas...
No delicado corpinho, as vísceras transpareciam através da pele...
A palma da mão de um adulto era espaço suficiente
para conter esse sim onde tudo parecia dizer não!
A oração era a força necessária para expulsar todo não
da vida que ganhou um SIM pela intercessão de Maria!
Sua mãe, devota,
colocou-o, tão pequenino, dentro do oratório de Nossa Senhora
e o deu como afilhado à Mãe do Céu.
Hoje, ele é Coronel!
Tem um retrato de sua madrinha,
e lhe pede a bênção todos os dias!...
Hoje mesmo, viu que o sol incidia sobre o sagrado retrato
e o colocou à sombra...

No Norte de Minas,
o clima quente da cidade de Januária ajudou a agasalhá-lo
e a salvá-lo,
segundo o parecer do médico.
Será que foi?...
Ele afirma que não foi.
Quem o salvou foi sua madrinha, Nossa Senhora!

Esse seu lado mais terno e lindo eu não conhecia,
Coronel e Professor Saul Alves Martins!...
Seu relato é uma poesia!
Merecia ser registrado por João Cabral de Melo Neto,
merecia fazer parte de Morte e Vida Severina!...
Protegido!... Abençoado!... Vencedor de várias batalhas!...
Posto a salvo em muitas guerras!...
Querido de Nossa Senhora, de Dona Maria Gobira, de Dona Julinda, de Vanju,
de toda a família,
de todos nós!...



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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.