Fazendo de conta...

Euna Britto de Oliveira

Minha carne é frágil
Mas meu pensamento é ágil.
No veículo do faz-de-conta,
Hoje, eu andei no futuro,
Para duas filhas verem!...
Uma dobrava de rir!...
A outra, que acha graça em muito pouca coisa,
Também sorriu.
Não levo jeito pra cômica.
Se muito, sou divertida.
Criativa...
Não era graça que eu fazia,
Era apenas um diálogo imaginado com as meninas
Supostamente grandes
E eu, velhinha...
Conversava com a Christiane,
Como se já fosse moça,
Ela ainda menina;
Com Evelyne, com marido e filhos...
Elas riam... não era de achar graça!
Era das cócegas que minhas palavras faziam em seus ouvidos...
Sonhar é bom, é gostoso!...
Em grupo, em família,
Sonhamos, acordadas!...

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Belo Horizonte, 17/03/1980

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.