MORTE PREMATURA

Mena

A capela modesta do arraial
Branquinha, pintada de cal
Tinha portas azuis cor do céu
E no altar uma imagem angelical.
Guardava os segredos dos fiéis.

Naquela paz duradoura
Gente entrava e saía
Assistia à missa e ao batizado
Às novenas e aos enterros
Ora era alegria; ora nostalgia.

O bebê agora era cristão
Mas não teve na vida o cuidado
Dispensado a todo cidadão
Parte, segundo o costume, adiantado.
Um acontecimento de toda a região.

E o fato se torna público
Um caixão tosco e forrado
De pano azul ruim e descorado
Leva uma criança encoberta
Com flores campestres, na certa.

E a vida do bebê
Mal começara já fora
Mas não se sabe de quê
Dor de barriga? Talvez mal dos sete dias...
E agora o que levou o bebê?

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A Autora, de Brumado - Bahia, é colaboradora efetiva do Site para Escritores:
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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.