O começo é água... o fim é fogo!
Euna Britto de Oliveira

Se depender de mim,
Nunca irei a Abrolhos;
Nem mesmo a Coroa Vermelha,
Que é mais próxima do continente.
Os barcos, nem tanto,
Mas as canoas me fascinam
e me vacinam
Contra as grandes águas...
Umas pequenas travessias e uns passeios
Perto das margens,
É só a isso que me exponho.
Só a necessidade me levaria mais longe...
Vou e volto,
E a luz do quarto
Tem a mesma intensidade,
É a mesma luz do parto
Que eu quase vi,
Ao qual quase assisti, ainda menina!...
A vida passa mesmo!
E a gente também passa.
As pessoas já eram previdentes
E providentes
Desde sempre,
E o serão depois...
Era tudo tão normal, tão natural!
Mesmo quando não existíamos.
As fotos mostram a normalidade,
A ancestralidade da felicidade
E da infelicidade...
Há fotos de passeios ao Corcovado,
As elegantes antigas,
As famílias dos políticos...
Passa, passa
E repassa, vida!...
Se eu fosse um vulcão,
Queria mais era estar em
Constante erupção!...
Um sonho impossível,
Para mim
E para qualquer vulcão!
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Ilustração: Cartão postal antigo - de 1917 - feito na França
e distribuído no Brasil
Fonte: Google
Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.