QUANDO A MÃE DANÇA

Celeste Aída de Assis Foureaux

Aquela mãe preocupada
Que não viveu só pra si
Que não pôde fazer nada
Do que quis até ali,
Ajuda há muito não tinha,
Marido, caiu logo no mundo,
Filhos a lhe ignorar.
E num desespero profundo,
Ela a falar, falar e... falar.
E falar... não resolvia,
Ninguém para lhe escutar!
E foi então que bradou
Aos quatro cantos da Terra.
Pediu, prometeu e rezou
E mais um dia se encerra.
Quem saiu, saiu, nem lhe falou.
É como se fosse invisível!
Chegaram quase a lhe pisar.
A vida assim, não é possível.
E aquela mãe impotente
Decidiu se rebelar.
Como não foi convincente,
Saiu pelo mundo a dançar.

Celeste 09/03/2004

Trabalho originado na observação de uma
Peça apresentada em uma aula de Teatro.

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.