ÁGUA BENTA

Rosalba Anzalone

Também

quero um pouco d'água

benta

Perto de uma poça

de lama podre

o meu coração

entre duas lâminas

de chumbo,

é quase um seixo.

Um áspero odor

Putrefato

Assalta-me.

Agarro-me

a tuas mãos

que branquejam

úmidas

próteses

no sinal da cruz.

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Scrive Marigê Quirino Marchini che traduce le poesie di Rosalba Anzalone su LB, Revista da literatura brasileira, N 37, diretta da Aluysio Mendonca Sampaio:
A poesia de ROSALBA ANZALONE em RITMI per il ritorno, RITMOS para o retorno, desenvolve-se em dois planos: o da metalinguagem e o do cotidiano, simultaneamente. De um vôo sub-estelar do pensamento, passamos imediatamente para os objetos da realidade cotidiana. Estamos mergulhando numa vertigem, como num esporte radicai. Entre "estrelas quietas e todavia trêmulas" e o "rumor cálido dos motores", cresce a poesia de ROSALBA ANZALONE. Entre o puro e o impuro, o belo e o feio, o transcendente e o cotidiano, vive a intensa poesia dessa instigante poeta italiana.

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Sinceros agradecimentos pela preservação da Autoria.